Contos que os Canalhas Contam

A campanha foi idealizada para o cenário de Brancalônia, que é uma adaptação de todo tipo de clichê italiano para Dungeons and Dragons 5ª edição. O livro base foi lançado no Brasil pela Retropunk Publicações.

Este cenário parodia as comédias medievais italianas, que ficaram conhecidas por filmes como “O Exército de Brancaleone”, de 1966, ou “Os Pícaros”, de 1987.

A nossa campanha, chamada Contos que os Canalhas Contam, foi idealizada e narrada por Mateus Herpich que, não por acaso, é o tradutor da versão brasileira de Brancalônia.

A história conta como um grupo de canalhas, após falhar miseravelmente em um trabalho a eles confiado, fugiu pelas regiões da Bota Sinistra, colecionando prêmios por suas cabeças, inimizade de governo e muitos corações aquecidos. Sempre ansiosos por uma nova farra e, é claro, uma nova semana de descanso logo em seguida.

Conheça os personagens da campanha:

Bragola, Il Firminho

Bragola é um pagão. Um homem simplório, vindo da Pianaverna, de tribos bárbaras à margem do Rio Fossa.

De intelecto limitado e músculos mais rijos que rochas, o ignóbil só é mais resistente à pancadas do que é ao álcool, que ele adora consumir em quantidades mastodônticas. Aliás, os excessos guiam essa pobre alma, que adora chafurdar na lama da luxúria e da gula.

Ainda assim, de coração quase tão grande quanto seus bíceps, esse canalha deseja usufruir o máximo que essa vida puder lhe dar, destruindo todas as tavernas possíveis pelo caminho. Em lutas justas, é claro, senão a nonna fica magoada.

Capa do episódio 01 de Brancalonia.
Elara Fio de Sereno

É uma pantegana (ancestralidade de ratos humanóides) destemida com uma paixão pela bonecagem e um talento culinário que faz até os tubarões pedirem mais!

Tem ao seu lado suas fiéis companheiras, as marionetes Sra. Cravinhos (a flor com uma voz demoníaca), Harry Bocó (especialista em trocadilhos e confusões), Sra. Vicarys (uma dragão medonha com a doçura de uma criança) e Sra. Octopus (a polvo caveira mestra das ilusões).

Determinada a mostrar a beleza e a magia das marionetes para o mundo, Elara partiu em busca de aventuras, tesouros e novas receitas exóticas. Com suas habilidades únicas e sua tripulação singular, passou a transformar cada desafio em uma divertida experiência, utilizando truques de marionetagem e seus objetos de cozinha como armas inusitadas.

Luigi Linguini

O Guerreiro do grupo é um exímio espadachim. Isso quando se dá ao trabalho de levantar da cadeira… ou da rede… ou do chão mesmo.

A preguiça do guerreiro era tanta que ele foi embora da Penúmbria, sua terra natal, por falta de vontade de se envolver com todos os conflitos e intrigas familiares de Crimini. Seu pai tentou torná-lo um alfaiate, mas beber cerveja e socar transeuntes sempre foi mais intuitivo para o bruto do que lidar com os tecidos e a contabilidade.

Desde que atravessou os ventos venenosos que separam a Penúmbria do resto do mundo, nunca teve casa, não querendo (ou podendo, por questões legais), ficar mais de algumas semanas em cada lugar da Bota Sinistra em que tenha pisado.

Machebelo

Este Guiscardo é um colecionador de artefatos. Vem de uma família com posses, mas calma, nada tão grandioso assim. Contando com o dinheiro do pai, estudou no Colégio de Magia da Abracalábria e até formou-se, mas decidiu se juntar a guilda dos Guiscardos.

Com eles, aventurou-se nos estudos de relíquias arcanas. Sendo composta de um bando de salafrários, a guilda também o ensinou a aplicar golpes, permitindo que se tornasse um canalha da melhor (ou pior) estirpe.

Foi nessa época que ele Machebelo, filho de Maquerico e neto de Maquevechia, preparou um esquema de pirâmide com vendas de relíquias religiosas falsas. Foragido e, hoje com uma talha, o canalha se uniu a um grupo de pessoas tão “bem intencionadas” quanto ele. Assim, quem sabe, os bons ventos lhe tragam a grandeza que ele espera ser seu destino.

Micalateia

Ahhh a bela e jovem Micalatéia… Vinda de uma família de viajantes, vulgarmente conhecido como ciganos, veio a se tornar uma foragida ainda bem jovem, após alguns problemas com um capitão que imputou falsos crimes a ela e sua família.

Todavia, após se tornar uma fugitiva teve que se virar sozinha. Assim foi parar na região de Abracalábria, onde pode cursar Artes Arcanas em uma universidade bem conhecida pela sua nota de 0.5 estrela. Também muito temida, pois normalmente era um bom lugar para se ocultar cadáveres.

Não que as pessoas de lá não fossem boa gente, a coisa com os cadáveres era apenas por precisarem constantemente de material para estudo prático. Agora uma mulher já formada, tenta ganhar a vida de forma honesta, na medida do possível é claro.

Frei Rugen

Rugen, é um morgante (meio-gigante) brigão. Vivia à margem da lei, trabalhando para a máfia ou qualquer um que lhe oferecesse uma moeda. Porém, o destino o conduziu à Ordem do Monastério de Capocollo, onde sua vida tomou um rumo inesperado.

Tornou-se Frei Rugen, do Caminho da Mão Calejada. Um homem que acredita em oferecer a outra palma quando ofendido, em vez de brandir uma espada. Suas cicatrizes de batalha agora eram marcas de redenção, e sua força era canalizada para proteger os mais fracos, em vez de intimidá-los.

Assim, Rugen encontrou um novo propósito, e sua jornada de violência se transformou em uma busca por redenção e compaixão.